Minas Gerais

Comandante-geral da PMMG critica falta de punição e alerta para fortalecimento do crime organizado

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O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, afirmou que a maior dificuldade enfrentada pela corporação é a falta de punição eficaz aos criminosos reincidentes. A declaração foi feita neste sábado (14/6), durante entrevista ao jornal Estado de Minas.

Segundo o coronel, há uma crescente reincidência de indivíduos presos que, mesmo com mandado de prisão em aberto, continuam em liberdade e voltam a cometer crimes. “No mês passado, completamos 10 mil indivíduos presos com mandado de prisão em aberto. Isso significa que essas pessoas já foram presas e, por algum motivo, não foram cerceadas do seu direito de liberdade”, relatou.

O comandante destacou que essa situação exige um retrabalho constante das equipes. “Isso demanda efetivo, recurso logístico e a ausência de punibilidade acaba motivando o crime. Temos indivíduos que foram presos mais de 40 vezes e estão em liberdade”, declarou. Otoni também mencionou casos extremos, como o de pessoas presas quatro vezes no mesmo dia.

Além disso, o tempo em que os policiais permanecem em delegacias para concluir os trâmites legais compromete a segurança da população. “Enquanto a equipe está na delegacia, ela deixa de prestar um serviço à sociedade”, afirmou.

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Para o comandante-geral, há uma limitação imposta pela legislação atual. “Entendo que ela limita esses atores a executarem um papel satisfatório, que deveria acabar com a condenação e cerceamento da liberdade”, explicou. Apesar dos obstáculos, ele reforçou o comprometimento dos policiais. “A farda é nossa segunda pele e o sangue do policial incursiona nas veias. Essa satisfação é o que nos motiva diariamente”, disse.

Criminalidade nas fronteiras e fortalecimento das facções

Carlos Frederico também abordou a atuação das facções criminosas e a fragilidade nas fronteiras estaduais e nacionais. Ele criticou a proposta da PEC da Segurança e cobrou uma atuação mais firme do Governo Federal no combate à entrada de armas e drogas no Brasil.

“O Governo Federal deveria estar privilegiando o combate, o fortalecimento das fronteiras do Brasil para que não entre armamento ou droga e, assim, não tenhamos o contrabando desse caminho”, afirmou. Como resposta, a PMMG tem investido no fortalecimento do Batalhão Rodoviário como uma das primeiras barreiras contra o crime organizado.

O comandante destacou ainda ações integradas de inteligência com outras forças de segurança, inclusive de estados vizinhos, para mapear a atuação das facções e combater a criminalidade de forma mais eficaz.

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