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Itajubá: filha é acusada de matar mãe, roubar bens e tentar carbonizar corpo

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A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre a morte de Mariana Arlete Santana Bitencourt, de 78 anos, em um crime que chocou Itajubá (MG) pela frieza e planejamento da principal suspeita: a própria filha da vítima, uma mulher de 53 anos. O caso foi detalhado em coletiva de imprensa nesta terça-feira (8) e trouxe à tona uma série de elementos que apontam para a premeditação e a tentativa de encobrir o crime.

Segundo os investigadores, a idosa foi assassinada no dia 27 de abril, mas seu corpo só foi encontrado em 4 de maio, já em avançado estado de decomposição, dentro da casa onde morava, no bairro Medicina. A filha, que supostamente teria “descoberto” o corpo ao retornar de uma viagem a Caraguatatuba (SP), é acusada de ter matado a mãe por asfixia com clorofórmio, com o objetivo de se apropriar de bens e dinheiro da vítima.

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Durante as apurações, os policiais encontraram um volume significativo de provas que sustentam a tese de premeditação. Análises forenses em equipamentos eletrônicos revelaram que, dias antes do crime, a mulher fez diversas buscas na internet com conteúdos como “como matar uma pessoa com clorofórmio”, “como carbonizar um corpo” e “quanto tempo o clorofórmio leva para sair do corpo”. Após a morte, ela ainda procurou por “incêndios em Itajubá” e “obituários da cidade”.

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De acordo com a perícia, a investigada ainda tentou incendiar o corpo da mãe para dificultar o trabalho da polícia e eliminar evidências. No local do crime, foram encontrados vestígios de querosene em mantas, uma vela parcialmente queimada e outros objetos inflamáveis, em uma tentativa mal sucedida de provocar um incêndio lento e destrutivo.

A motivação do crime seria patrimonial. Segundo a Polícia Civil, a filha se apossou de uma quantia em dinheiro que a mãe havia sacado, levou o carro da vítima e um talão de cheques, chegando a preencher um deles no valor de R$ 10 mil, embora não tenha conseguido descontá-lo devido à suspeita de fraude na assinatura. O veículo foi vendido em São Paulo pouco tempo depois, sem que o comprador soubesse da procedência ilícita.

Ainda de acordo com a investigação, a mulher já havia herdado um valor significativo após a morte do pai, ex-promotor de justiça, mas teria gasto a herança com viagens e cirurgias plásticas. Ao ficar sem recursos, voltou a morar com a mãe em fevereiro deste ano.

Apesar de negar ter cometido o assassinato, a suspeita confessou ter ficado com o dinheiro e os cheques, alegando que a mãe os entregou voluntariamente. No entanto, a polícia descartou essa versão com base nas provas reunidas. Os demais familiares da vítima não têm qualquer envolvimento no caso.

Com base no conjunto das evidências, a mulher foi indiciada por latrocínio (roubo seguido de morte) e fraude processual. A prisão temporária foi convertida em preventiva, e o Ministério Público já ofereceu denúncia. O caso agora segue para julgamento.

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