O pedreiro Tadeu Alves, de 34 anos, morador de Paraguaçu (MG), está vivendo uma experiência marcante. Ele viajou ao Rio Grande do Sul para doar “medula óssea” a uma mulher de 42 anos que vive com Leucemia, na França. O procedimento está sendo realizado no Hospital Universitário de Santa Maria, e Tadeu segue internado desde a última semana para o processo de coleta.
A jornada começou há sete anos, quando ele decidiu se cadastrar como doador durante uma doação de sangue no hemocentro de Alfenas (MG). “Perguntei como fazia para doar medula, e a enfermeira explicou que era simples. Eles coletaram uma amostra de sangue e cadastraram no sistema do REDOME”, contou.
O desejo de ajudar nasceu após acompanhar o sofrimento de uma comadre, que perdeu a filha de 10 anos após uma longa luta contra uma doença e que infelizmente não encontrou doador. “Ver o que ela passou me motivou a tentar ajudar quem precisasse”, relembra.
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Sete anos depois, no mês de fevereiro deste ano, Tadeu foi informado que havia compatibilidade com uma paciente e aceitou imediatamente participar da doação. O transporte entre Paraguaçu e Campinas, de onde embarcou em um voo para o Rio Grande do Sul, foi custeado pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que organizou toda a viagem juntamente com o hospital em Santa Maria (RS).
Antes da coleta, ele passou por uma série de exames e recebeu medicação para aumentar a produção de células-tronco. Nesta etapa, ele também recebeu um cateter jugular para a retirada do sangue, do qual as células-tronco que serão doadas, são separadas do sangue por um aparelho. “Foi tudo muito tranquilo, bem assistido. Um processo simples e seguro”, afirmou.
Tadeu permanece em Santa Maria e deve retornar a Paraguaçu nesta quinta-feira (13). “Agradeço a Deus por essa oportunidade. É gratificante saber que posso contribuir para salvar uma vida”, disse.
Familiares e amigos comemoram o gesto solidário. “Todos ficaram muito felizes com a notícia”, contou. Ele agora quer incentivar outras pessoas a se cadastrarem como doadoras. “O procedimento é tranquilo, pode ir sem medo”, reforçou.
Como descobriu o Tadeu como doador no Brasil?
O REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) está integrado à rede mundial de doação por ser membro oficial do Bone Marrow Donors Worldwide (BMDW), que funciona como um vasto banco de dados global que compila as informações genéticas de doadores de registros de dezenas de países. Essa integração permite que, quando um paciente no mundo precisa de um transplante e não encontra um doador no registro nacional do seu país, assim no no Brasil, o sistema estenda imediatamente a busca para essa base de dados internacional. Além disso, o REDOME é certificado pela World Marrow Donor Association (WMDA), garantindo que o Brasil siga os mesmos rigorosos padrões de qualidade e segurança globais para a troca e o transporte seguro das células-tronco, seja recebendo doações do exterior ou enviando células de doadores brasileiros para pacientes em outros países.
💬 “Parabéns, Tadeu! Que sua atitude sirva de exemplo e inspire mais pessoas a praticarem o verdadeiro amor ao próximo”. Thiago Martins – tpower
tpower – @portaltpower
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