O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou, na segunda-feira (28), uma recompensa de US$ 25 milhões — o equivalente a aproximadamente R$ 140 milhões — por informações que levem à prisão e/ou condenação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
O anúncio foi feito por meio de um cartaz divulgado nas redes sociais da DEA (Administração de Repressão às Drogas), agência vinculada ao Departamento de Justiça norte-americano. A publicação mostra a foto de Maduro e descreve as acusações contra ele, incluindo conspiração com narcoterrorismo, tráfico internacional de cocaína e envolvimento com armamentos.
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Além de Maduro, também são procurados Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa. Todos são acusados de integrar o suposto “Cartel de Los Soles”, organização que, segundo as autoridades americanas, atua no narcotráfico e tem conexões com grupos criminosos internacionais.
Na última sexta-feira (25), o governo dos EUA classificou formalmente o Cartel de Los Soles como uma organização terrorista internacional. De acordo com o Departamento do Tesouro, o grupo seria responsável por oferecer apoio a redes criminosas como o Cartel de Sinaloa (México) e a facção Tren de Aragua (Venezuela), consideradas ameaças à segurança dos Estados Unidos.
Outra polêmica
A eleição de Nicolás Maduro é alvo de diversas suspeitas e críticas internacionais desde 2018. Naquele ano, ele foi reeleito presidente da Venezuela em um processo amplamente contestado tanto dentro quanto fora do país.
Organizações como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União Europeia e governos de vários países — incluindo os Estados Unidos e o Brasil — não reconheceram o resultado, alegando que a eleição foi marcada por fraudes, intimidação de opositores e falta de garantias democráticas.
Entre os principais pontos apontados como suspeitos estão:
- Afastamento e prisão de líderes da oposição, que foram impedidos de concorrer;
- Controle estatal sobre o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), responsável por organizar o pleito;
- Baixa participação popular, com abstenção acima de 50%, o que é incomum para eleições presidenciais;
- Denúncias de compra de votos e uso da máquina pública, com distribuição de alimentos e benefícios atrelados ao apoio a Maduro.
Esses fatores levantaram sérias dúvidas sobre a legitimidade do mandato atual de Maduro, que continua enfrentando forte rejeição internacional e sanções econômicas impostas por diversos países.
tpower – @portaltpower
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