O Vaticano anunciou oficialmente na tarde desta quinta-feira (8) a eleição do novo líder da Igreja Católica. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi escolhido pelo conclave de cardeais e adotou o nome de Papa Leão XIV, tornando-se o 267º pontífice da história da Igreja.
A fumaça branca surgiu da chaminé da Capela Sistina por volta das 13h08 (horário de Brasília), sinalizando ao mundo que um novo papa havia sido escolhido. Minutos depois, o anúncio tradicional “Habemus Papam” foi feito da sacada da Basílica de São Pedro, seguido da primeira bênção pública do novo pontífice, a “Urbi et Orbi”.
Robert Francis Prevost, que adotou o nome de Leão XIV, nasceu em Chicago, nos Estados Unidos, ele tem 69 anos e entra para a história como o primeiro papa norte-americano e também o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante.
Apesar de sua origem nos EUA, grande parte da trajetória religiosa de Prevost foi construída na América Latina, especialmente no Peru. Foi lá que se destacou como missionário e líder eclesiástico, chegando a ocupar os mais altos cargos da Cúria Romana.
Até sua eleição como papa, Prevost exercia duas funções importantes no Vaticano: era prefeito do Dicastério para os Bispos — responsável pelas nomeações episcopais no mundo todo — e também presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.
Com perfil discreto, voz tranquila e avesso aos holofotes, Leão XIV é considerado um reformista, alinhado à linha de abertura e diálogo promovida por seu antecessor, Papa Francisco. Tem formação sólida em teologia e é um profundo conhecedor da lei canônica, que rege a Igreja Católica.
Aos 22 anos, ingressou na vida religiosa. Formou-se em teologia na União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, foi enviado a Roma, onde concluiu seus estudos em direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino. Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua missão no Peru, atuando nas cidades de Piura e Trujillo — inclusive durante o governo autoritário de Alberto Fujimori, época em que chegou a cobrar desculpas públicas pelas injustiças cometidas.
Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, onde foi ordenado bispo e permaneceu por nove anos. Nesse período, também exerceu papéis de destaque na Conferência Episcopal peruana e atuou em importantes organismos do Vaticano. Em 2023, foi nomeado cardeal — função que ocupou por menos de dois anos antes de ser eleito papa, algo raro na história recente da Igreja.
TPOWER – @portaltpower
Conectado na notícia!