Carolina Arruda deixou a Santa Casa de Alfenas, nesta quinta-feira (21), após concluir mais uma fase do tratamento contra a neuralgia do trigêmeo, doença considerada uma das dores mais intensas que um ser humano pode sentir. Ela permaneceu internada para realizar procedimentos médicos e passou quatro dias em sedação profunda.
Durante a internação, Carolina foi submetida a cirurgias de reposicionamento de eletrodos, reabastecimento da bomba de medicamentos e crioablação do nervo. Após os procedimentos, recebeu infusão de cetamina, mas relatou que, apesar de algum alívio físico, a dor continua presente.
Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira (21), Carolina afirmou que não pretende se submeter a novas cirurgias ou tratamentos experimentais. Segundo ela, o foco agora será manter as terapias já em andamento, como o uso da bomba de fármacos e dos eletrodos.
“Foram muitas cirurgias, foram muitas tentativas. Já não adianta mais, o nervo está lesionado. Isso não quer dizer que eu vou parar o tratamento, mas intervenção cirúrgica não vai mais acontecer”, declarou.
Ela contou ainda que, mesmo com as limitações, conseguiu ter mais estabilidade em sua rotina. “Eu consegui ir para a faculdade. Antes, eu ia ao pronto-socorro cerca de dez vezes, mas agora precisei ir poucas vezes por mês. Não vou parar o tratamento, mas também não vou tentar nada novo, porque não existe mais.”
Carolina voltou a falar sobre recorrer à eutanásia. “Eu estou conversando com a minha advogada, as coisas estão caminhando como devem ser. Preciso de muitos laudos, detalhes médicos e traduções de documentos. É um processo demorado”, explicou.
Apesar dos esforços médicos, o tratamento atual trouxe apenas um controle parcial das crises, sem recuperar totalmente a qualidade de vida da paciente.