A procura por hospedagens via aplicativos de imóveis tem crescido a cada ano no Brasil, impulsionada pela facilidade e variedade de preços. No entanto, junto com a popularização das plataformas, aumentam também os registros de crimes envolvendo esse tipo de serviço. Um levantamento baseado na Lei de Acesso à Informação revelou que, entre 2014 e 2024, foram registrados 1.815 boletins de ocorrência mencionando plataformas como Airbnb, Quinto Andar, Zap Imóveis e Airono.
Só em 2024, houve um aumento de 20% nos casos. O crime mais comum é o estelionato, que representa 44% das ocorrências (807 casos). A prática envolve, geralmente, falsos anunciantes que convencem as vítimas a pagarem por hospedagens inexistentes — e só ao chegar no local, o golpe é descoberto.
O segundo crime mais registrado é o furto, com 332 denúncias (18%). Nesses casos, hóspedes levam objetos ou pertences do imóvel ou do proprietário. Já o mau comportamento aparece em 245 registros (13%), mas nem sempre configura crime. Também foram relatados casos de roubo (74 registros – 4%), injúria (65 – 3,6%), dano (34 – 1,9%) e ameaça (31 – 1,7%).
A plataforma Airono lidera os registros com 1.481 denúncias. A capital paulista é a cidade com maior número de ocorrências, somando 945 casos, o que representa 52% do total. Em seguida, aparecem Campinas (65), Ubatuba (56), Praia Grande (56), Guarujá (52), Guarulhos (30) e Santo André (28).
TPOWER – @portaltpower
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