A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou nesta quarta-feira (18) a Operação Overlord, que culminou na desarticulação de uma célula neonazista com atuação em Minas Gerais e São Paulo. A ação resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão em três cidades: Poços de Caldas (MG), Nova Lima (MG) e Campinas (SP).
Em Poços de Caldas, três suspeitos foram presos preventivamente, sendo que um deles já se encontrava detido no presídio de Varginha. Em Nova Lima, as autoridades cumpriram um mandado de busca e apreensão, além de uma prisão preventiva. Já em Campinas, o investigado foi preso em flagrante por posse de pornografia infantil, além de responder pelos crimes investigados na operação.
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As investigações começaram com a prisão de um jovem de 20 anos, em Belo Horizonte, apontado como o líder da organização. Segundo a Polícia Civil, ele era responsável por coordenar os demais membros e elaborar estratégias de inteligência e contrainteligência para proteger o grupo.
A partir dessa prisão, os investigadores identificaram outros cinco integrantes da célula, que mantinham atuação ativa tanto no meio virtual quanto em ações presenciais. O grupo promovia apologia ao nazismo, disseminava discursos de ódio, atacava minorias, a comunidade LGBTQIA+ e realizava atos antissemitas.
Durante as buscas, foram apreendidos diversos materiais com simbologia nazista, incluindo livros sobre Adolf Hitler, cadernos com suásticas, literatura militar, uniformes paramilitares, armas brancas como canivetes, soco inglês, balestras, simulacros de armas de fogo e supostos explosivos.
Além disso, a polícia localizou equipamentos usados em acampamentos clandestinos, como barracas e lonas camufladas, que eram utilizados em encontros realizados em áreas de mata de Poços de Caldas. Em Campinas, além de material nazista, foram encontrados dispositivos eletrônicos contendo grande volume de conteúdo antissemita, bandeiras de grupos supremacistas brancos e registros de pornografia infantil.
A célula agia de forma articulada e violenta. Além da atuação nas redes sociais, o grupo realizava pichações com símbolos nazistas em prédios públicos e privados, promovia agressões contra pessoas LGBTQIA+ e antifascistas, e espalhava cartazes com mensagens antissemitas pelas cidades onde atuava.
Todos os presos foram encaminhados ao sistema prisional e permanecem à disposição da Justiça. As investigações continuam, com foco na análise do conteúdo apreendido nos materiais coletados.
tpower – @portaltpower
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