A sepse, conhecida como infecção generalizada, já causou 1.872 mortes de crianças de até 12 anos em Minas Gerais entre janeiro e agosto de 2025. Isso equivale a uma média de 234 óbitos por mês. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e pela Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp).
Apesar do número preocupante, o total ainda é inferior ao registrado em 2024, quando foram contabilizados 3.915 óbitos. Neste ano, 1.381 crianças precisaram de internação hospitalar com sintomas relacionados à doença, como septicemia estreptocócica e septicemia bacteriana em recém-nascidos.
A Sobrasp alerta que a sepse é considerada uma das principais causas de morte evitável em hospitais. Geralmente causada por bactérias, também pode ter origem em vírus, parasitas ou fungos. A maioria dos casos é adquirida em ambientes de assistência à saúde, sendo as chamadas Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) os eventos mais frequentes.
Segundo a entidade, a resistência antimicrobiana é um dos maiores desafios, pois dificulta o tratamento, acelera a evolução da doença e aumenta o risco de choque séptico. Crianças, recém-nascidos, idosos, gestantes e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido estão entre os grupos mais vulneráveis.
Entre as medidas de prevenção estão: higiene frequente das mãos, vacinação em dia, diagnóstico precoce, tratamento adequado e acesso a saneamento básico e água potável de qualidade.