Um adolescente de 16 anos foi apreendido neste domingo (3) após confessar ter assassinado a própria prima, Helena Victoria de Oliveira Silva, de apenas 4 anos, em Barbacena, no Campo das Vertentes. De acordo com o boletim de ocorrência, o jovem declarou à Polícia Militar que planejava o crime havia cerca de três meses, motivado por um sentimento de vingança contra o tio — pai da criança — de quem sofreria bullying.
Durante o interrogatório, feito na presença da mãe do adolescente, o jovem chegou a questionar um dos policiais se “era digno de perdão”. Inicialmente, disse ter matado um homem chamado Murilo, mas logo admitiu que havia mentido e revelou que a verdadeira vítima era sua prima, Helena Victoria.
Segundo o relato à polícia, o adolescente afirmava ser constantemente ofendido pelo pai da menina, que o chamava de “doido” e usava apelidos pejorativos. Revoltado, ele afirmou ter decidido causar dor ao tio e passou a arquitetar o assassinato da filha dele.
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O plano começou a se concretizar quando o jovem encontrou uma tesoura em um campo de futebol do bairro Nova Cidade. Conforme o boletim, ele chegou a ter outras oportunidades de cometer o crime, mas apenas neste domingo teve coragem de executá-lo. Para isso, fez uma cópia da chave da casa do tio, sem que ninguém percebesse.
Durante a madrugada, o adolescente entrou na residência, retirou a menina do quarto enquanto ela dormia e a levou até seu próprio quarto. Ao acordar e gritar, a criança teve a boca tapada e foi atingida por vários golpes de tesoura. Após constatar a morte, o jovem a envolveu em uma blusa, levou até uma área de mata e tentou incendiar o corpo. Como não conseguiu, abandonou o corpo no local, retornou para casa, tomou banho e foi dormir.
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A perícia esteve na casa da família e coletou evidências que irão embasar a investigação. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para atender o pai da vítima, que entrou em estado de choque com a notícia.
O adolescente foi levado ao Hospital Regional de Barbacena e, em seguida, conduzido à Delegacia da Polícia Civil. Como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), caberá agora à Justiça decidir quais medidas socioeducativas serão aplicadas ao menor.
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