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Do susto ao renascimento: a cura que veio quando tudo parecia perdido

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Raphael Nogueira, 42 anos, cantor por paixão e agente de viagens por profissão, percebeu em 2022 um pequeno volume no pescoço. Supôs ser apenas um “calo” causado pelo uso da voz. Mas o corpo começou a falar mais alto: cansaço extremo ao subir escadas, suor noturno, perda de peso sem explicação, inchaços surgindo inesperadamente.

O susto veio com o diagnóstico: linfoma não Hodgkin do tipo folicular, um câncer agressivo do sistema linfático. Raphael iniciou o tratamento com quimioterapia e, por um momento, acreditou estar curado. Mas o alívio durou pouco. No fim de 2023, o câncer voltou ainda mais forte, invadindo fígado, estômago, baço, bexiga e linfonodos. O pescoço inchou tanto que ele mal conseguia respirar. Em cadeira de rodas, ouviu dos médicos: “Precisamos agir agora. É a última chance.”

Foi então que surgiu a única alternativa possível: a terapia CAR-T, um tratamento de fronteira na medicina, onde as células de defesa do próprio paciente são retiradas, reprogramadas em laboratório para combater o câncer e reinfundidas. Parte do material de Raphael foi enviada à Europa. Enquanto isso, sua saúde despencava.

Na hora da infusão, o médico foi direto: “Ou fazemos hoje, ou ele não respirará amanhã.” Raphael descreveu a sensação como entrar em um filme de ficção científica. Depois disso, vieram 28 dias de incertezas — febres, confusão mental, lapsos de memória e o medo constante de não despertar.

Mas algo extraordinário aconteceu.
As células modificadas começaram a agir. E o câncer, que havia tomado o corpo inteiro, desapareceu.

Hoje, Raphael está em remissão completa. Voltou a caminhar, cantar e viver. Dos 82 quilos que um dia foram fraqueza, hoje ele diz carregar “força e gratidão”. Ele agora atua em defesa de pacientes oncológicos, divulgando sinais que jamais devem ser ignorados:
• Caroços persistentes no pescoço, axilas ou virilha
• Cansaço fora do normal
• Sudorese noturna
• Perda de peso sem causa

A terapia que salvou sua vida ainda é rara e caríssima no Brasil — pode chegar a R$ 2,5 milhões e não está disponível no SUS —, mas ele luta para que outros tenham a mesma chance.

tpower – @portaltpower
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