As investigações que deram origem à megaoperação desta terça-feira (28) — a mais letal da história do Rio de Janeiro — revelaram que os chefes do Comando Vermelho (CV) usavam grupos em aplicativos de mensagens para coordenar ações criminosas e punir moradores dos complexos do Alemão e da Penha.
De acordo com a Polícia Civil, nesses grupos eram tratados temas que iam desde a rotina de seguranças nos pontos de venda de drogas até ordens diretas do traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, apontado como o comandante da facção nas ruas.
Os investigadores identificaram que Juan Breno Ramos, o BMW, era o responsável por aplicar as punições determinadas pela cúpula do CV. Essas ações incluíam espancamentos, torturas e execuções. Em alguns casos, as vítimas eram submetidas a castigos cruéis, como mulheres colocadas em galões com gelo para “servir de exemplo” em brigas ocorridas em bailes funk das comunidades.