Foi preso na manhã desta sexta-feira (4) João Nazareno Roque, de 48 anos, apontado como peça-chave no esquema que pode ter desviado mais de R$ 1 bilhão de contas mantidas no Banco Central. Ex-eletricista e formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Roque atuava como desenvolvedor júnior de back-end em uma empresa de software contratada para prestar serviços à instituição financeira.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Roque teria recebido R$ 15 mil para colaborar com a organização criminosa. O valor teria sido pago em duas etapas: R$ 5 mil pela entrega de suas credenciais de acesso ao sistema interno da empresa C&M, e outros R$ 10 mil para desenvolver um sistema que facilitasse a invasão e movimentação ilícita dos recursos.
📲Clique aqui para entrar no grupo de WhatsApp do tpower
Apesar da prisão, ainda não se sabe exatamente quanto foi desviado no golpe. As autoridades estimam que os prejuízos superem R$ 1 bilhão, mas reforçam que a investigação está em curso para identificar outros envolvidos e o destino do dinheiro.
João Roque se formou em 2022 pela faculdade Anhanguera, após passar grande parte da vida atuando como eletricista e técnico. Em seu perfil no LinkedIn, relatava ter decidido mudar de vida aos 42 anos. “Me identifico muito com o personagem Ben, do filme ‘Um Senhor Estagiário’… Já tenho idade onde muitos esperam estar em cargos C-level e eu estou aqui com brilho nos olhos e disposição de um menino para dar o meu melhor”, escreveu.
Ele atuava especificamente com programação back-end, função responsável por manter a segurança e o bom funcionamento da comunicação entre sites, servidores e bancos de dados. Ao ser interrogado, Roque afirmou que foi seduzido pela proposta dos hackers e alegou não saber o que fariam com as informações após o fornecimento dos dados.
O caso segue sob investigação. A C&M ainda não se manifestou oficialmente sobre a prisão do funcionário e a extensão do acesso que ele tinha aos sistemas.
tpower – @portaltpower
Conectado na notícia!